terça-feira, 27 de dezembro de 2022
Estudantes de 13 a 17 anos não se vacinam contra o HPV por desinformação, conclui estudo da UFMG
Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) investigou os motivos para o insucesso das autoridades de saúde brasileiras em alcançar a meta de imunização das meninas entre 9 e 14 anos e meninos de 11 a 14 anos contra o Papilomavírus humano (HPV). No Brasil, a vacinação contra o HPV começou em 2014, mas o patamar de 80% de cobertura, estipulado para o público, nunca foi alcançado. A aplicação do imunobiológico antes do início da atividade sexual é um dos pilares da estratégia global para eliminar o câncer de colo de útero. O grupo de cientistas entrevistou 159.245 estudantes brasileiros de 13 a 17 anos e utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019. De acordo com os voluntários, o principal motivo para não ter se vacinado contra o HPV foi desconhecer a necessidade da vacina. “Não sabia que tinha que tomar” foi a resposta de 46,8% dos entrevistados. Segundo a UFMG, esse é o primeiro estudo que buscou descobrir os motivos para a não vacinação contra o HPV utilizando a base de dados da PeNSE. Conforme os pesquisadores, os resultados da pesquisa poderão subsidiar políticas públicas e estratégias de saúde para o controle e a prevenção do câncer de colo de útero no país. A vacina do HPV previne, além do câncer de colo de útero, o câncer de pênis e ainda os cânceres de ânus, garganta e boca, que podem acometer pessoas de ambos os sexos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário