Luciana Brito Galeria e Galatea Salvador apresentam Regina Silveira: Tramadas, a primeira exposição individual da artista na capital soteropolitana, com abertura no dia 4 de julho, das 18h às 21h. A inauguração da mostra coincide com a semana da Independência da Bahia, celebrada no dia 2 de julho. Fruto de uma parceria inédita, a exposição tem curadoria de Adriano Casanova e Tomás Toledo, conta com texto crítico de Ana Maria Maia e reúne obras emblemáticas de Regina Silveira, muitas delas inéditas no Brasil, que sintetizam sua pesquisa em torno do bordado ao longo dos anos. Elemento recorrente na obra de Regina Silveira desde 1999, o uso do bordado em ponto de cruz, entendido como codificação da imagem, remete a uma herança trans-histórica e intercultural, relacionada à própria história remota da alfabetização das mulheres, em sua trajetória de resistência. Uma grande instalação site-specific é destaque da mostra Tramadas, que acontece no espaço da Galatea em Salvador, localizado no térreo do Edifício Bráulio Xavier, na Rua Chile, a primeira rua do Brasil. Malfeitos, da série dos “bordados malfeitos", ganha uma reativação inédita adaptada à fachada de vidro da galeria, convidando o público a conhecer mais. A obra, formada por tramas de linhas vermelhas acompanhadas por uma agulha, sem respeitar qualquer ordem de construção, realizada como aplicação de vinil adesivo, permite “janelas” de observação para o espaço interno. Essa obra rememora mais de quinze anos de produção de Regina Silveira sobre a temática do bordado aplicado a espaços arquitetônicos, período no qual algumas obras, mesmo que efêmeras, permanecem no imaginário do público, como Tramazul, que ocupou por alguns meses, desde o final de 2010, a fachada do MASP com bordados de nuvens no céu azul, e a Trapped Pink, quando habitou um ambiente amplo na Trienal Internacional de Artes Gráficas, em Varsóvia, na Polônia, em 2017.