sábado, 6 de agosto de 2022

Estudantes de Biologia da Uesc visitam Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres da Bamin


No último dia 14, estudantes da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), matriculados na disciplina Zoologia de Cordados II, dos cursos de licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas, tiveram a oportunidade de vivenciar mais de perto a realidade de sua futura profissão. Os docentes do Departamento de Ciências Biológicas (DCB), Mirco Solé e Yvonnick Le Pendu, e a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZoo) e analista do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Aline Barbosa, que realizou estágio de docência na disciplina, propuseram aos discentes complementar a informação teórica com a visitação ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), da empresa Bahia Mineração (Bamin), sediada em Ilhéus. O Cetras está localizado no Centro Ambiental Porto Sul, na Rodovia Ilhéus-Itacaré, mas a visita teve início no escritório do canteiro de obras da Bamin, onde os alunos receberam instruções de segurança e assistiram a duas palestras. A primeira, proferida pelos coordenadores Ananda Marson Silva e Ramon Chalhoub, apresentou aos convidados os projetos de responsabilidade socioambiental realizados pela empresa. A segunda teve como foco o funcionamento do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres e foi ministrada pelos veterinários responsáveis, Jessica Duemes e Rodrigo Rabello. Logo após, os 25 estudantes se deslocaram para as instalações do Centro, que é um dos mais modernos e bem equipados do gênero. Na oportunidade, os discentes puderam fazer perguntas e aprender sobre o resgate de animais pela equipe de veterinários. Dentre os animais tratados e devolvidos para a natureza em áreas de soltura aprovadas pelo Ibama, estão espécies emblemáticas da região, como o ouriço-preto, a jaguatirica, o jupará e o mico-leão-da-cara-dourada. Contudo, a espécie mais resgatada durante as obras da Bamin não se trata de um mamífero ou ave, e sim de um anfíbio, abundante nas áreas de restinga e cabruca regionais, conhecida popularmente como “sapinho-foguete”. O bacharelando Patrick Rodrigues Nascimento, impressionado com o tamanho da equipe do Cetras, composta por mais de 180 profissionais, sendo a maioria biólogos, mostrou-se esperançoso com a experiência. “Durante a visita, tivemos a oportunidade de vislumbrar futuras áreas de atuação da nossa profissão na região. Deu muita vontade de formar e integrar essa equipe que realiza um trabalho tão importante em prol do meio ambiente”, declarou. A coordenadora de meio ambiente na Bamin, Ananda Marson Silva, que é mestre em Sistemas Aquáticos e Tropicais pela Uesc, avaliou a visita de forma positiva: “Contribuir com o intercâmbio, promoção do aprendizado e conhecimento entre a academia e a iniciativa privada, é um sonho antigo quando ainda era estudante desta Universidade. Estendendo isso para a Bamin, é a materialização dos objetivos de cooperação técnico-científica e de transparência. É apostar no futuro”. A aula de campo foi finalizada com um passeio pelo viveiro de mudas.

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